Era início dos anos 1950 no povoado de São Sebastião do Norte, região habitada pelos índios Maxakali, onde, em 1912, povos baianos fugindo da seca e mineiros oriundos do Vale do Jequinhonha se juntaram na luta pela sobrevivência .
Os noivos disseram "sim" para uma união que seria por toda uma vida, 62 anos, até o primeiro desencarne.
A capela simples, de adobe (tijolo de barro cru), ficava na rua que sobe para o cemitério, quase esquina com a antiga Rua do Meio, hoje Rua João Gonçalves, perto da ladeira que desce para a Praça do Pirulito.
Em 4 de maio de 1960, uma multidão se formou onde hoje é a Praça da Matriz, à espera do bispo Dom José Maria Pires, para a bênção solene da atual Matriz de São Sebastião.
O templo religioso foi construído com os próprios recursos do povo, que se uniu carregando pedras na cabeça, em sinal de penitência. Da Fazenda de Pedro saiu a madeira para o forro da igreja.
Ainda não existia a Casa Paroquial ao lado. O bispo e a sua comitiva ficaram hospedados "em residência da religiosa e piedosa Dona Delmira Martins", tia de Didi, conforme relatos no encarte da comemoração do 50° aniversário sacerdotal do padre Frei Peregrino Loerakker.
O religioso, natural da Holanda, chegou ao povoado em 23 de outubro de 1939 para ocupar o lugar do antecessor, Frei Letâncio Vaske.
Na foto abaixo, Didi e Pedro em 1952, em uma das inúmeras romarias a Bom Jesus da Lapa, levando a primogênita Neuza, que estava para nascer, para ser abençoada pelo Senhor do Bonfim da Bahia.
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