Lamento, de Pixinguinha, está no LP que escolhi para escutar assim que acordei neste domingo, interpretada por Jacob do Bandolim.Teve a sua primeira edição em agosto de 1928, gravada com a Orquestra Típica Pixinguinha- Donga, em rotação 78, quando os discos rodavam rapidinho e normalmente era só uma música por faixa.
O meu vinil é de 1976, da coleção Nova História da Música Popular Brasileira.
No mesmo disco tem Carinhoso, composta em 1917 e que ficou escondida durante dez anos por ele considerar a composição "jazzificada" demais. "Meu coração. Não sei porque. Bate feliz. Quando te vê....", diz a letra.
Pixinguinha era a própria linguagem brasileira. O maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro foi influenciado pela variada experiência rítmica de origem africana que se destacava sobretudo na nossa prática musical popular do início do século XX.
"Uma infinidade de pequenos instrumentos de percussão foram aqui mesmo improvisados pela gente simples do Morro e pelo crioulo em geral. Assim, aos poucos, essa experiência se diversificou de tal forma que muito se distanciou, pela riqueza adquirida, de seus moldes originais", escreveu Júlio Mendaglia em 1976.
Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha, nasceu no Rio de Janeiro em 23 de abril de 1897. Em 17 de fevereiro de 1973, também no Rio de Janeiro, a estrela partiu para brilhar eternamente.
A INFÂNCIA
"O menino ficava quieto num canto, escutando fascinado polcas, valsas e lundus da moda. De repente alguém se lembrava de que não era mais hora de criança estar acordada e o pequeno Alfredo era mandado para a cama. Contrariado, mas sem protestar, ele obedecia. E a avó Edwiges, africana de nascimento, aprovava a conduta do Neto com uma expressão carinhosa de seu dialeto natal: Pizindin (menino bom)". Texto do LP de 1976.
FRASES DE PIXINGUINHA
"Comer, trabalhar, dormir. Quem aguentaria um a vida Assim?"
"Chorinho é um negócio sacudido e gostoso"
"Comecei a dar uns floreados na flauta"
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