A família Gonçalves, uma das mais tradicionais de Machacalis, faz parte da história do município desde a sua ocupação. Segundo informações do IBGE, o subdelegado Genésio Gonçalves Pinheiro chegou à Vila de São Sebastião do Norte, como Machacalis era chamada, em 1915. Ainda hoje, temos moradores com o sobrenome do policial.
Outras autoridades que chegaram à Vila do Norte foram o juiz de paz João Alves da Silva, o escrivão de paz Teodolino de Deus e Silva, e o primeiro professor, Abílio de Almeida Franco, que se estabeleceu no lugar em 1915.
Segundo o IBGE, em 1912 florescia na parte setentrional do município de Filadélfia (hoje Teófilo Otoni), o povoado de São Sebastião do Norte, nome esse escolhido pelo fundador da povoação, Exupério Manoel Pereira.
Pouco depois, foi construída no povoado uma capela com o mesmo nome. Foram seus primeiros habitantes: Joaquim Francisco de Lira, seu filho Prucidônio Francisco de Lira, e o Exupério Manoel Pereira, vindos os dois primeiros do então povoado de Quartéis, atual município de Jequitinhonha.
Segundo declarações de alguns de seus descendentes ainda vivos, teriam aí se estabelecido tais pioneiros, atraídos pelas vantajosas perspectivas da exploração das fertilíssimas terras e pela pesca abundante na região.
O primeiro contato entre os habitantes do povoado e os índios Maxakali foi no ano de 1914. Conta que após receberem alguns presentes a eles ofertados pela famílias locais, cumprimentaram o Exupério Manoel Pereira, chamando-o “Capitão Grande”, e se afastaram pacificamente do povoado, ali voltando mais tarde por diversas vezes.
De acordo com o IBGE, os índios já mantinham freqüentes contatos com Joaquim Fagundes Martins, funcionário do governo, sediado em Quartéis, razão pela qual falavam então algumas palavras do idioma português, de mistura com o tupinambá.
Até o ano de 1943, pertenceu a freguesia à paróquia de Teófilo Otoni, passando à de Águas Formosas, de 17 de dezembro de 1942, a 31 de março de 1952, época em que se criou a paróquia de Machacalis, subordinada ao Bispado de Araçuaí.
Foi seu primeiro padre residente (não pároco) Frei Letâncio Vake, e primeiro pároco, Frei Peregrino Lerarkker.
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