quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

MEMÓRIA DE MACHACALIS - Prostíbulo "Rua da Areia" ainda existe, mas bem longe do Pirulito

 



"Saúde promove ação de prevenção da sífilis na Rua da Areia. Prostitutas tiveram a oportunidade de fazer teste rápido da sífilis, além de fluido oral de HIV; tomar vacinas contra tétano e hepatite B e receberam preservativos junto com informações sobre a doença."

Calma!!! Não se trata de notícia velha da antiga zona boêmia de Machacalis, que teve o seu auge nos anos de 1970 e 1980, onde hoje é a praça do Pirulito. 

O antigo prostibulo de Machacalis (foto acima, do acervo da Prefeitura de Machacalis)  era o endereço certo dos homens solteiros em busca de diversão, dos adolescentes que buscavam profissionais do sexo para perder a virgindade,  muitas vezes levados pelos próprios pais para uma primeira experiência sexual, e também local certo dos casados que "pulavam a cerca", para o desespero das esposas.

A manchete da notícia acima é de uma outra zona boêmia que ainda existe em João Pessoa,  na Paraíba,  coincidentemente também batizada de Rua da Areia.

A Rua da Areia de Machacalis já não existe mais. Na década de 1980, se não me engano, a administração municipal resolveu transferir a "Rua das Camélias" para a rua lateral do cemitério,  na parte alta da cidade.  Talvez por ser um local mais "discreto",  pois os vizinhos mortos não iriam dar com a língua nos dentes. Não demorou muito e o novo prostibulo foi batizado de "Rua do Mel". (foto abaixo).

Hoje, famílias vivem no local. 

Recentemente,  um caminhoneiro de passagem por Machacalis, e que resolveu repousar na boleia do seu caminhão,  na Praça da Matriz, ficou sem resposta ao abordar um morador: "Onde é a rua das tias???", quis ele saber.



domingo, 27 de dezembro de 2020

MEMÓRIA DE MACHACALIS - Missas à noite dependiam de José Dantas para ligar o motor


Em 1955, quando anoitecia em Machacalis e dava a hora da missa, e caso José Dantas se atrasasse para ligar o gerador de energia da Paróquia de São Sebastião, lá ia Ana da Paula correndo atrás dele, a mando de Frei Peregrino. 

José Dantas,  na época também conhecido como "Zé Tijolo", era o único machacaliense que sabia ligar e fazer a manutenção do gerador de luz que o religioso havia trazido da Holanda, sua terra natal.

Ana da Paula, que depois veio a ser a parteira que mais trouxe crianças a esse mundo na história de Machacalis, trabalhava na limpeza da casa paroquial e preparava as refeições dos padres.

"Pai ligava o motor. Frei Peregrino tinha um diário e deixou muita coisa falando de pai", conta Paulo Dantas, filho de José Dantas.

"Na primeira viagem que Frei Peregrino fez de volta à Holanda, ele trouxe esse motor para a igreja de Machacalis", conta Paulo. "Pai era muito inteligente e aprendeu a mexer com esse gerador", lembra o filho.

Antes de partir para a sua missão no Brasil,  Frei Peregrino aprendeu um pouco a falar o português. "A forma dele falar era tudo misturado. Pai entendia um pouco o que ele falava", relata Paulo

Naquela época, o jovem "Zé Tijolo" já não mais vendia o doce "tijolo baiano" e rapadura na feira, que eram produzidos na fazenda do pai dele. Já era dono de uma loja onde anos depois seria construída a casa de Pedro Dias.

Na loja,  José Dantas vendia de tudo, da cachaça à querosene,  mas o forte do comércio dele era ferradura para cavalo. 

"O povo colocava ferradura nos animais lá. No sábado,  quando tinha missa à noite, pai trabalhava até mais tarde e se atrasava para ligar o motor da igreja. E Frei Peregrino mandava Ana da Paula correndo atrás dele", conta Paulo. 

As missas noturnas, naquela época, eram novidade. Só depois que José Dantas iluminava a Paróquia de São Sebastião é que as celebrações podiam começar.

Na quarta-feira do último 9 de dezembro, José Dantas, que foi prefeito de Machacalis do período de 2 de fevereiro de 1973 à 31 de janeiro de 1977, deixou este mundo, aos 90 anos. 

José Dantas ajudou a escrever alguns capítulos da história de Machacalis e sempre será lembrado por ter dedicado parte da sua vida à cidade.





sábado, 19 de dezembro de 2020

Acidente de moto mata dois rapazes em Machacalis

 



Uma das vítimas era pintor e o outro vaqueiro.  O acidente foi na estrada, saída de Machacalis para Águas Formosas. Ocorreu de madrugada.

O pintor, segundo informações, era morador de Machacalis.  O outro era de Bertópolis, vaqueiro de "Anjinho", segundo as primeiras informações.
 
"Não está dando para acreditar. Estive com você ontem!!!", lamentou Fredy Rodrigues nas redes sociais, primo da vítima Dim  Santos (Fotos abaixo).



"Ainda não consigo acreditar que você se foi, meu amigo",, lamentou Francislene Pinheiro,  amiga do pintor Dim. 

Segundo ela, as duas vítimas estavam de moto e os veículos bateram de frente. "Dim era solteiro e morava com a mãe, em Machacalis", contou a amiga.



"Algumas vezes, as nossas lágrimas  são as melhores palavras que o nosso coração pode falar", citou Vanusa Rocha em sua rede social. "Esteja na Glória junto com o Pai, meu afilhado", desejou ela.



quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Ceia de Natal não deve ter nem aperto de mão, orienta cartilha da Fiocruz

 




Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reuniu em uma cartilha orientações para diminuir os riscos de transmissão da covid-19 durante o período de festas do Natal e do réveillon. Diante do aumento de casos em todo o país, festas chegaram a ser canceladas. A Fiocruz orienta quem deseja fazer reuniões que estipule um limite de convidados, garantindo o distanciamento de 2 metros e que, preferencialmente, realize o evento em locais abertos e ventilados.

Mesmo seguindo todas as orientações, a Fiocruz alerta: "Nenhuma medida é capaz de impedir totalmente a transmissão da covid-19", diz a cartilha. A forma mais segura de passar as festas de fim de ano, de acordo com a Fundação, é ficar em casa e celebrar apenas com as pessoas que moram ali.

As orientações foram divulgadas tanto em uma cartilha, disponível online quanto em cards informativos que podem ser compartilhados pelo WhatsApp e demais redes sociais. O material traz orientações sobre o modo de preparar e servir os alimentos, a organização do ambiente e medidas gerais de proteção tanto para quem vai receber outras pessoas em sua casa, como quem vai para algum evento.

“Após um ano tão difícil, mais do que nunca as pessoas querem encontrar e festejar com seus familiares e amigos. No entanto, entendemos que preservar a vida é o melhor presente para compartilhar neste final de ano”, destaca, em nota, o coordenador do Observatório Covid-19 da Fiocruz, Carlos Machado.

Orientações

De acordo com a cartilha, quem for receber convidados ou celebrar as festas fora de casa deve usar máscara sempre que não estiver comendo ou bebendo, manter a distância dos demais convidados, evitar apertos de mão e abraços, lavar ou higienizar com álcool 70 as mãos com frequência e não deve compartilhar copos e talheres.

Aqueles que estão organizando os eventos, caso ofereçam bebidas, devem disponibilizá-las em embalagens individuais, como latas ou garrafas, arrumadas em baldes com gelo, para que as pessoas possam se servir sozinhas. Outra orientação é oferecer condimentos, molhos para salada ou temperos embalados individualmente, sempre que possível. Após o evento, a louça deve ser lavada em água corrente e com detergente, ou na máquina de lavar louças.

Grupos de risco

A Fiocruz esclarece ainda que quem teve contato com a doença ou está com sintomas deve evitar encontros por oferecer risco aos demais. Estão na lista aqueles que estão com sintomas relacionados à covid-19 ou que já tem o diagnóstico da doença; quem ainda está no período de 14 dias desde que teve os primeiros sintomas relacionados à covid-19, mesmo que não tenha feito um teste de diagnóstico; aqueles que estão aguardando o resultado de um teste molecular para saber se estão com covid-19; e, quem manteve contato com alguém que teve a doença nos últimos 14 dias.

Pessoas que fazem parte de algum grupo de risco para casos graves de covid-19 ou moram com alguém que faz parte desse grupo também devem se proteger e evitar as festas. Aqueles que têm mais risco para casos graves são os portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica em estágio avançado, imunodepressão provocada pelo tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer; pessoas acima de 60 anos de idade, fumantes, gestantes, mulheres em resguardo e crianças menores de 5 anos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Berçário de bruxas - larvas de mariposas não oferecem risco à saúde

 


As "bruxas" estão soltas no meu jardim. As lagartas, de coloração escura e listras amarelas, que vão se transformar em mariposas, tomaram conta da minha árvore da espécie jasmim manga. 

A seiva leitosa serve de alimento para essas larvas da mariposa popularmente conhecida como "bruxa".

Segundo especialistas, essas lagartas não oferecem riscos à saúde, a não ser que sejam ingeridas.

A seiva que a lagarta consome da árvore se transforma em um látex tóxico que ela usa para se defender dos pássaros, répteis e outros insetos. 

Aqui em casa, elas já chegaram a 10 centímetros e, em breve, vão se enclausurar para, finalmente, virar mariposas.

Bom saber que o jasmim manga suporta o desfolhamento. Não vou usar inseticidas naturais à base de fumo, como os especialistas  recomendam. Que venham as bruxas!!!!



segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

MEMÓRIA DE MACHACALIS - Primeiro posto de gasolina era palco de encontros e alegrias

Quem se lembra do primeiro posto de gasolina de Machacalis?  Sim, não era posto de combustível, pois, naquela época, década de 1960, acredito, oferecia apenas gasolina.

Pela foto, já é possível saber que o prédio é o mesmo que abriga hoje a Câmara Municipal de Machacalis. Bem diferente, né?

O antigo posto de gasolina já foi, inclusive, residência, com as devidas alterações. 

A Praça da Matriz apresentava mais leveza e parecia mais ampla antes da concessão de canteiros para empreendimentos comerciais.

O primeiro posto de gasolina teria pertencido a Pedro Dias do Nascimento. A bomba de abastecimento era manual, na falta de energia elétrica, e tudo era feito no braço. O local também já teria sido um bar. Muito badalado, por sinal.

E quem se lembra do "Serviço de alto-falante do Posto São Sebastião", que funcionava nesse prédio?

Os moradores iam para a praça para ouvir gravações de piadas de humoristas famosos na época.

E quando o alto-falante tocava a música Tema de Lara, aquela trilha famosa do filme Doutor Jivago, era para anunciar, logo em seguida, uma nota de falecimento.

E você, tem boas lembranças desse prédio?  Conta pra gente, conta?

FONTE DE LUZ

"Era o barzinho de Alzeu, onde dançávamos nos finais de semana", recorda Zé Pereira,  morador ilustre que é uma verdadeira história viva de Machacalis. 

"Também foi um birô político quando Gilvânio foi candidato pela primeira vez", acrescenta Zé, em referência ao ex-prefeito Gilvânio Moura Batista.

"O telefone que comunicava com a usina hidrelétrica era instalado aí neste local", acrescenta Pereira.

Zé ainda lembra que a usina ficava na cachoeira do Monte Castelo, atual  Andaraí. "Ainda existe a casa onde ficava as máquinas. A usina era na nascente do Rio Alcobaça, no município de Fronteira dos Vales", reforça o morador.

domingo, 13 de dezembro de 2020

Memória de Machacalis: Quem já comprou pão enrolado em papel e barbante?

 



Na década de 1970, e início dos anos 1980, se bem me lembro, havia uma padaria em Machacalis onde hoje fica o Banco Sicoob, ao lado da antiga casa de Jair Gonçalves. 

Na época, não havia sacos ou sacolas de plástico e os pães eram embrulhados em papel e amarrados com barbante.

Na padaria, havia um suporte para duas bobinas de papel sobre o balcão.  Em algumas ocasiões, o papel era rosa.

Pela manhã, e no início da tarde, o cheiro do melado pincelado sobre o pão doce quente era sentido à distância. 

E você, qual a sua lembrança dessa padaria? Há quem diga que ela pertencia a José Coelho. É isso mesmo?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Natal em família só com pessoas da mesma casa, recomendam especialistas

E o seu Natal, como vai ser nesses tempos de pandemia?  

A Covid-19 mudou a rotina de muitas famílias neste final de ano. 

Especialistas recomendam festas virtuais no Natal e no Ano Novo, ou comemorar só com pessoas que morem na mesma casa.

E sem a tradicional iluminação de Natal da Praça da Matriz, machacalienses que passam pela rua Salvador com Milton Campos param para registrar a decoração de uma loja na esquina.

Sem aglomeração e uso de máscara não há risco.

No endereço há projeção de um boneco de neve em constante movimento, na fachada, que é decorada com luzes brancas e azuis.

E o seu Natal, como vai ser?

Bom lembrar que todo sacrifício é válido agora para a gente comemorar, como sempre comemorou, no Natal do ano que vem.

A tendência agora é de altos casos de Covid-19 e mortes em todo território nacional. 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Cães de rua de Machacalis têm local certo para matar fome e sede

 


Um bebedouro e um comedouro para alimentar cães e gatos de rua de Machacalis têm atraído os peludos para a esquina da rua Milton Campos com a praça do mercado, no centro da cidade.

Os equipamentos, feitos com tubos PVC,  foram instalados na porta da loja Vitória Magazine pela ONG Patas Solidárias. 

A advogada Brenda Rocha, funcionária  do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), faz parte da ONG e ajuda na arrecadação de doações. 

A funcionária da loja,  Daniele Ferraz, garante água fresca e ração aos cãezinhos. 

"Tem cachorro que vem de longe só para comer. E tem até pessoas que trazem seus cães aqui só para comer ração", conta Daniele, que faz a gentileza de abastecer o comedouro e o bebedouro, mantendo-os sempre limpos.

Comedouros como esses, feitos com canos PVC, já fazem a alegria de cães e gatos de rua de cidades de várias regiões do país. Custam aproximadamente R$ 50 reais. Na internet, há vários vídeos ensinando como fazer. 

ABANDONO

Desde o início da pandemia, muitos cães e gatos passaram a ser abandonados nas ruas das cidades brasileiras, o que levou o Conselho Federal de Medicina Veterinária a fazer um alerta sobre a situação.

A estimativa é que o abandono no Brasil já deve ter aumentado entre 20% e 30%.

De acordo com o Conselho Veterinário, as famílias estão desistindo dos animais de estimação devido à dificuldade financeira, por causa do desemprego.

Outro motivo é o medo de que os animais possam ser transmissores do Coronavírus, o que não é verdade. Está comprovado que os animais não passam a doença para o ser humano.